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Brincar é coisa de criança, e de adulto também! O valor da brincadeira na vida e nos espaços de Educação Infantil
Outro aspecto importante é que, para Vigotski (2008), a
brincadeira de faz de conta impulsiona o desenvolvimento,
uma vez que cria o que o autor chama de “zona de desenvolvi-
mento iminente”
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. A criança age como se fosse maior do que
ela é, e isso não tem a ver apenas com o fato de assumir papéis
adultos, mas de agir “como se” fosse outras pessoas, numa esfera
de ação diferente da vida cotidiana, controlada por regras e
limites dados pela situação imaginária e pelas interações sociais
que a configuram.
Podemos agora imaginar a complexidade desse processo para
a criança, e quantos aspectos do desenvolvimento são mobiliza-
dos e articulados nessa forma de agir: imaginação, memória, fala,
expressão corporal, modos de significação, coordenação e com-
binação de ideias e de ações, controle do desejo e da atenção,
pensamento abstrato, entre outros.
A brincadeira no cotidiano da Educação Infantil
A compreensão da brincadeira como dimensão fundamen-
tal da constituição da criança como ser histórico e cultural e
do seu desenvolvimento integral tem implicações pedagógicas
muito importantes.
Quais são elas? Para ajudar nas nossas reflexões, vamos pensar
sobre o lugar da brincadeira nas instituições de Educação Infan-
til: que espaços são destinados à brincadeira? Como são organiza-
dos? As brincadeiras acontecem em intervalos de tempo pre-
determinados? De que tempo as crianças dispõem para brincar?
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Em vez do uso já estabelecido da palavra proximal, na nova tradução deste texto de
Vigotski a tradutora optou pela palavra iminente, por entender que ela traduz com mais
propriedade a ideia de proximidade e possibilidade, ao mesmo tempo.
