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Brincar é coisa de criança, e de adulto também! O valor da brincadeira na vida e nos espaços de Educação Infantil
ou atividades que se conectam com os interesses das crianças. Em
um projeto sobre dinossauros, as crianças frequentemente brin-
cavam de ser paleontólogos e fingiam encontrar no pátio ovos de
dinossauro. Outro exemplo de atividade gerada por uma brinca-
deira foi a de “espiões”. A Creche UFF recebe muitas visitas de
estudantes/pesquisadores, que passam um ou mais dias observando
e, às vezes, realizando algum trabalho com as crianças. Esse con-
texto gerou no Grupo 3 um movimento das crianças fingindo que
eram espiões. Escondiam-se e andavam cochichando, e, quando as
professoras perguntavam o que elas estavam fazendo, respondiam
que estavam “espionando os adultos”. Percebendo essa grande brin-
cadeira, a professora explorou com as crianças os significados de
“espionagem”, desencadeando uma discussão sobre espiões, dete-
tives, mistérios etc. As crianças quiseram brincar de detetives e as
educadoras propuseram que cada uma criasse sua identidade. Para
tanto, elas escolheram seu disfarce (chapéus e óculos escuros foram
os acessórios mais escolhidos) e seu codinome: Linda Flor do Bri-
lho, Moça dos Anis, Fúria da Noite, Fada do Sapato, entre outros.
Codinomes escolhidos, os detetives posam para fotos. Da esquerda para a direita: Fada do
Sapato, Fúria da Noite e Moça dos Anis.
Imagens: Arquivo da autora