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Sugestões de atividades complementares

Maternal 2

  • a)
  • b)
  • c)
  • d)
  • e)
  • f)
  • g)
  • h)
  • i)
  • j)
  • Crachás
  • O que é verdadeiro ou falso sobre o conto “Cachinhos Dourados e os três ursos”?
  • Pegada na argila
  • Plantando feijão
  • Conversando sobre o circo
  • Animais que vivem no fundo do mar
  • Animais do Brasil
  • Brincando de adivinhar
  • Povos indígenas
  • Amigo-secreto

a) Crachás

Para a confecção dos crachás, disponibilize para os alunos materiais como canetinha, lápis de cor e giz de cera.

A participação deles nesta atividade é muito importante, pois, para muitos, será o primeiro contato com a escrita do nome.

Sugerimos que cada um deles seja chamado à mesa do professor. Na presença de cada um, escreva o nome dele no crachá, pedindo que observe o “desenho” de cada letra, os movimentos de sua mão e também a direção da escrita. Só então o crachá deve ser entregue a esse aluno para ser enfeitado.

A seguir, oferecemos dois modelos.

b) O que é verdadeiro ou falso sobre o conto “Cachinhos Dourados e os três ursos”?

A atividade a seguir deve ser realizada oralmente. Ela possibilita verificar a interpretação que os alunos fizeram do conto “Cachinhos Dourados e os três ursos”.

Acesse aqui o conto e, em seguida, aplique a atividade lendo a primeira afirmação e perguntando aos alunos se ela é verdadeira ou falsa. Aguarde a resposta coletiva. Se necessário, corrija-a recordando essa passagem da história (ou ouçam mais uma vez o trecho mencionado na questão) e só então passe para a próxima afirmativa.

Ouça a faixa 17 do CD Projeto Som & Tom Maternal “Cachinhos Dourados e os três ursos”.

  1. Certa manhã de primavera, Cachinhos Dourados resolveu passear pela floresta. Verdadeiro.
  2. Cachinhos Dourados conhecia a família de ursos havia bastante tempo. Falso.
  3. Mamãe urso preparou um mingau muito frio, e a família ficou esperando Cachinhos Dourados chegar. Falso.
  4. Ali tudo era certinho e bem‑arrumado. Verdadeiro.
  5. Quando o Bebê Urso percebeu que haviam comido todo seu mingau, começou a chorar. Verdadeiro.
  6. A família de ursos era muito brava e decidiu não morar nunca mais na casinha da floresta. Falso.
  7. A família de ursos era bem tranquila e acalmou a menina.Verdadeiro.
  8. Os ursos brigaram com Cachinhos Dourados. Falso.
  9. Cachinhos Dourados voltou para casa muito triste. Falso.
  10. Cachinhos Dourados voltou para casa feliz por ter feito novos amigos e por ter aprendido a ter mais juízo e nunca mais entrar onde não for convidada. Verdadeiro.

c) Pegada na argila

Antes de iniciar a tarefa com a argila, questione os alunos: Qual é o formato da pata de um cachorro? E de uma galinha? E de um cavalo? Será que é igual à marca deixada pelos pés de uma pessoa? Pergunte sobre possíveis semelhanças e diferenças entre essas marcas.

Em seguida, diga a eles que farão um quadro de argila com a pegada de cada um. Para isso, você precisará de sacos plásticos, fita-crepe, ½ kg de argila para cada aluno e um palito de churrasco.

Primeiro, forre o chão com o saco plástico e a fita-crepe. Deixe um retângulo de argila diante de cada criança (prepare a atividade com antecedência, cuidando para que a argila esteja em formato retangular, como se fosse um quadro).

O aluno deverá pisar com o pé descalço sobre a argila e afundá-lo levemente até que fique a marca. Com o palito de churrasco, faça um furo na parte superior do retângulo, que servirá para pendurar o quadro (depois de seco). A secagem pode demorar até 48 horas.

Quando estiver pronto, retome a conversa inicial. Deixe os alunos se expressarem livremente. Isso os ajudará a perceber, por exemplo, formato, tamanho, quantidade de dedos etc., estabelecendo comparações entre a própria pegada e as pegadas dos animais que aparecem na atividade do livro.

d) Plantando feijão

Explorar o mistério da germinação e do crescimento das plantas ajuda os alunos a descobrir a importância do cuidado com o meio ambiente.

Inicialmente, investigue com eles, em atividade oral, quais tipos de planta conhecem (arbustos, árvores, ervas), comentando onde elas vivem, do que precisam etc.

Conte que muitas plantas se desenvolvem de uma semente e que algumas são comestíveis, como o feijão. Depois, apresente a tarefa perguntando se gostariam de ver uma plantinha nascer e crescer. Então, informe-lhes que juntos plantarão grãos de feijão.

Em seguida, separe copos descartáveis, algodão limpo, grãos de feijão e um recipiente com água.

Com os alunos, umedeça o algodão tomando cuidado para que não fique encharcado. Depois, forrem o fundo dos copos com esse algodão umedecido. Peça a cada um que deposite dois grãozinhos de feijão sobre o algodão que está no copo. Agora explique que o feijão nascerá em três dias, mais ou menos, porém é preciso deixar os copos em local iluminado, porque a plantinha precisa da luz do sol. É necessário também que eles molhem o algodão todos os dias (com sua ajuda), pois o algodão nunca deve secar.

Quando a planta ultrapassar 20 cm, será preciso retirá-la do copo e colocá-la em um vaso com terra, onde possa crescer e se esparramar (também pode ser na horta da escola, se houver uma).

Converse com eles sobre como é cuidar de uma plantinha: Dá trabalho? Foi bom? Por que devemos cuidar bem das plantas e do lugar onde elas vivem?

e) Conversando sobre o circo

Faça uma roda de conversa sobre o circo e investigue o que os alunos sabem sobre o tema.

Mostre a eles fotografias e outras imagens de números e espetáculos circenses, deixando que manifestem impressões e relatem vivências relacionadas ao assunto proposto.

De quais artistas do circo eles gostam mais? Do equilibrista? Do palhaço? Do trapezista? Do malabarista? Quais eles conhecem?

Nessa atividade, o mais importante é apresentar curiosidades e informações que possam despertar o interesse dos alunos, estimulando a atenção, a imaginação e a consciência em relação às diferentes manifestações artísticas e culturais.

O texto a seguir oferece alguns dados sobre a história do circo. Conte a eles como tudo começou, somando as informações disponibilizadas aqui àquelas que você considera relevantes. Se possível, aproveite a oportunidade e leve-os para visitar o circo mais próximo da escola.

Circo

Palhaços, mágicos, malabaristas! Quanta diversão encontramos no circo!

A história do circo acompanha gerações, mas ele passou por transformações até chegar ao formato atual... Vamos conhecer um pouco dessa história!

Os pesquisadores da arte circense mostram que as primeiras tentativas de apresentação em um circo ocorreram na China, onde a monarquia chinesa se divertia com a apresentação de contorcionistas e equilibristas.

Em Roma, havia o chamado “Circo Máximo”, local onde os plebeus reuniam-se para assistir às atrações organizadas pelas autoridades imperiais.

Os saltimbancos, elenco de artistas itinerantes, surgiram na Idade Média. Esses artistas vagueavam pelas cidades para exibir suas habilidades ao ar livre em troca de algumas contribuições.

Entretanto, foi o inglês Philip Astley quem primeiro organizou o circo mais parecido com o que conhecemos hoje, que traz espetáculos variados e público pagante. O ano era 1768, e Astley organizou um local onde, acompanhado por um tocador de tambor, apresentava um número de acrobacia com cavalos. Nessa época, as cidades estavam se formando e crescendo cada vez mais rápido, o que garantia um número razoável de espectadores.

Várias outras atrações foram criadas e artistas interessados nesta arte foram formando grupos circenses que sempre circulam de uma cidade para outra levando alegria e diversão para todos!

Mesmo com o passar do tempo e o avanço da tecnologia, como o rádio, televisão e DVD, o circo ainda agita cidades e faz a alegria de crianças e adultos!

Palhaços famosos

Entre todos os personagens do circo, o palhaço é, sem dúvida, o que tem mais destaque. Não dá para “aprender” a ser palhaço, é preciso ter vocação, gostar de interagir com os outros.

No Brasil, temos muitos palhaços – como Arrelia, Carequinha, Bozo, Torresmo – que transmitiram para a garotada alegria e entusiasmo durante décadas nos picadeiros e na televisão.

Mas o que fazem os outros artistas do circo? Vamos saber...

O malabarista é o artista que exibe extrema habilidade e destreza de movimentos com o corpo. Quantas vezes não ficamos atentos e apreensivos com a habilidade dos malabaristas para lançar e capturar objetos no ar! Para se destacar nessa arte, é necessário disciplina e muito treino. O malabarismo também é importante para o corpo, pois melhora o reflexo e a coordenação motora de quem o pratica.

[...]

Há também o trapezista, que é aquele que trabalha em um trapézio, ou seja, um equipamento de ginástica constituído por uma haste ou um cilindro de madeira ou metal suspenso por duas cordas ou peças verticais fixas numa superfície horizontal. Os trapezistas têm que ter muita habilidade, concentração e equilíbrio para exercer essa função.

Mas quem atrai todas as atenções é mesmo o mágico! É muito difícil perceber as peripécias de um mágico! Ele executa vários tipos de ilusionismo utilizando-se de técnicas variadas para iludir o espectador com truques que dependem especialmente da rapidez e agilidade das mãos. Um mágico também tem que treinar muito, ser hábil e muito criativo para estar sempre criando números novos para os espetáculos.

Curiosidades

O Dia do Circo é comemorado em 27 de março e representa uma homenagem ao palhaço Piolin, um dos palhaços mais famosos do Brasil, que nasceu nesta data, no ano de 1897.

Disponível em: www.smartkids.com.br/especiais/circo.html. Acesso em: jun. 2013.

f) Animais que vivem no fundo do mar

Ouça o relato dos alunos sobre os animais que vivem no fundo do mar. Conte que há muitos tipos de seres vivos marinhos e dê exemplos, estimulando a manifestação de ideias e impressões.

Pergunte se eles conhecem as estrelas-do-mar, comente sobre a diversidade de formas e cores que elas apresentam e esclareça que as estrelas-do-mar também são animais.

O texto a seguir oferece algumas informações para enriquecer sua conversa com a turma. Utilize aquilo que considerar apropriado.

Estrela-do-mar

[...]

Com a estrela-do-mar, ocorre um fato estranho. Algumas espécies são capazes de regenerar-se. Se um dos braços é separado do corpo, ele é substituído, enquanto um novo organismo completo crescerá do braço isolado. Esse processo de regeneração constitui um problema para os criadores de ostras. As estrelas-do-mar comem ostras, e os criadores costumavam pegar as estrelas-do-mar, parti-las ao meio e atirá-las de novo à água. O resultado disso não é a eliminação das estrelas-do-mar, mas um aumento do seu número.

Há quase 2 mil espécies de estrelas-do-mar, a maioria com cinco braços idênticos. A cor do corpo varia, mas sempre é brilhante e, às vezes, luminescente. Não possui cabeça nem cauda; seu corpo consiste de duas partes: o disco central com a boca e o ânus; e os braços, que têm carreiras de pequenos pés tubulares capazes de movimentá-la. Esse animal carnívoro tem um modo especial de devorar os moluscos que carregam concha. Envolve a vítima com seu corpo e abre a concha com os braços. Então, introduz o estômago na concha entreaberta e come a presa. Quando a refeição acaba, o estômago da estrela-do-mar se retrai, e a concha vazia, completamente limpa, é abandonada.

CICCO, Lúcia Helena Salvetti de. Disponível em: www.saudeanimal.com.br/estrela_do_mar.htm. Acesso em: jun. 2013.

g) Animais do Brasil

Em uma roda de conversa, explore com os alunos características e curiosidades dos animais da fauna brasileira. Enfatize a variedade de espécies e pergunte-lhes quais desses animais eles conhecem.

Incentive-os a observar as cores, o tipo de revestimento do corpo, o tamanho etc. Fale também sobre onde podem ser encontrados, de que se alimentam e o que mais surgir na roda de conversa.

Se possível, complemente as informações mostrando mais imagens desses animais em seu hábitat.

A seguir, oferecemos uma seleção de textos dos quais é possível extrair dados úteis para a atividade. Utilize aquilo que considerar apropriado.

1. O tamanduá-bandeira

[...]

Os tamanduás, juntamente com os tatus e as preguiças, pertencem à Ordem Xenarthra, que significa “articulação diferente”. Os tamanduás são os únicos mamíferos que não possuem dentes, enquanto que seus “parentes”, tatus e preguiças, possuem dentes incompletos, sem a presença de esmalte. Animais adultos podem pesar até 60 kg e medir 1,20 m, mais a cauda de quase 1,0 m. Apresentam uma coloração acinzentada, com faixas diagonais pretas com as bordas brancas.

[...]

Disponível em: www.zoologico.sp.gov.br/mamiferos/tamanduabandeira.htm. Acesso em: jun. 2013.
2. Onça-pintada

[...] Habita florestas úmidas às margens de rios e ambientes campestres desde a Amazônia e Pantanal até os Pampas Gaúchos. A onça-pintada ou jaguar possui hábitos noturnos e é solitária. Excelente caçadora e nadadora, costuma abater capivaras, veados, catetos, pacas e até peixes. Pode também caçar macacos e aves. Para atacar sua vítima, é muito cautelosa, desloca-se contra o vento e, aproximando-se silenciosamente, surpreende a presa saltando sobre seu dorso. Daí surgiu o nome jaguar ou jaguara, que significa, no dialeto tupi-guarani, a expressão “o que mata com um salto”.

Sendo o maior mamífero carnívoro do Brasil, necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia [...].

Apesar de tão temida, foge da presença humana e, mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao homem. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode “invadir” fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu hábitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se à beira da extinção em nosso país.

CICCO, Lúcia Helena Salvetti de. Disponível em:www.saudeanimal.com.br/extinto16.htm. Acesso em: jun. 2013.
3. Lobo-guará

[...] O lobo-guará é o maior (até 75 cm de altura no garrote e 120 cm de comprimento) e mais belo dos canídeos da América do Sul. É também um dos mais ameaçados de extinção, devido à destruição dos cerrados em que habita para plantações de soja e pastos de gado. Muitos fazendeiros ainda os abatem, pensando que podem causar grandes prejuízos a seus rebanhos.

Na verdade, o lobo-guará é um onívoro que se alimenta principalmente de roedores, pequenos répteis, caules doces, mel, aves e frutas (há até mesmo uma espécie que se alimenta de fruta, a Solanum lycocarpum do cerrado, que, de tão procurada por ele, é chamada de “fruta de lobo”).

Diferente do lobo-europeu, o lobo-guará raramente caça animais de grande porte, pois não possui o hábito de andar em grupos, sendo encontrado no máximo aos casais durante a época de reprodução, ocasião em que somam os seus territórios (cada um com até 25 km²).

Sua aparência o faz notavelmente adaptado aos cerrados. A cor confunde-se com os campos de gramíneas. As pernas longas permitem-no ver acima da vegetação e muito longe, assim como suas orelhas grandes podem identificar com precisão a direção dos sons de uma presa, que não são abundantes em seu hábitat. [...]

AVARI, Ricardo. Disponível em: www.zoologico.sp.gov.br/mamiferos/loboguara.htm. Acesso em: jun. 2013.
4. Arara

[...]

Menos dotada que seus parentes, os papagaios, a arara só é capaz de aprender algumas palavras isoladas. Desde o século XVI as araras são muito procuradas como bichos de estimação e, antigamente, possuir uma arara era sinal de grande riqueza.

As araras maiores e mais coloridas são encontradas nas florestas tropicais das Américas. São frequentemente caçadas e mantidas em cativeiro. Existem 18 espécies de arara, todas com bico forte, língua carnosa e cauda longa em forma de espada. O bico forte permite que elas escavem o tronco das árvores para comer larvas de insetos. As araras, em geral, fazem ninhos no oco de árvores como palmeiras. Os ovos são postos na primavera e os adultos alimentam os filhotes regurgitando a comida. Com seis meses de idade as araras já são bichos adultos.

CICCO, Lúcia Helena Salvetti de. Disponível em: www.saudeanimal.com.br/extinto3.htm. Acesso em: jun. 2013.
5. Jacaré-de-papo-amarelo

O jacaré é um animal carnívoro que costuma viver em rios e lagos. Sua alimentação é baseada em peixes, mamíferos e outros répteis. Os jacarés, juntamente com seus primos crocodilos, surgiram na face da Terra há pelo menos 200 milhões de anos e sempre se mostraram muito bem adaptados às condições de vida do planeta, sobrevivendo, inclusive, aos fatores que determinaram a extinção dos dinossauros. Na fase adulta, um jacaré pode atingir 2,5 metros de comprimento, e seu tempo médio de vida é bastante longo, cerca de 50 anos.

Disponível em: www.plenarinho.gov.br/ecologia/bicharadaanimal/jacare-de-papo-amarelo/?searchterm=jacaré.
Acesso em: jun. 2013.

Depois de falar com os alunos sobre cada animal, explique o significado da extinção e, se possível, leve-os para uma visita ao zoológico. Peça a eles que observem todos ou alguns animais entre os cinco que foram estudados na atividade. Em seguida, proponha uma discussão sobre os pontos abordados.

h) Brincando de adivinhar

Um jeito divertido de trabalhar com textos e palavras é usar adivinhas. No texto a seguir, você pode encontrar informações e curiosidades sobre essa prática.

Para estimular a construção do pensamento reflexivo, elabore com a turma um livro de adivinhas e charadas. Vocês podem pesquisar em jornais, revistas, internet etc.

Encaderne o livro e faça uma capa dura para conservá-lo, deixando-o sempre ao alcance dos alunos (disponível para consultas).

Adivinhas e charadas

As adivinhas e charadas são textos curtos da literatura popular encontrados geralmente em forma de perguntas, versos e alguns em prosa. São enigmas verbais que foram passados pelos nossos antepassados de forma oral, geralmente aprendidos, inconscientemente, na infância. Há também uma forma lúdica de adivinhações populares, na qual a enunciação da ideia ou fato é constituída de analogias e de personificações, ou seja, estão envolvidas em alegorias, a fim de dificultar a solução do problema.

As adivinhas e charadas são tão velhas quanto a própria história, pois nas civilizações antigas os enigmas eram expressões do culto e da magia religiosa.

Os deuses falavam de uma forma um tanto obscura, e os homens tinham de interpretar suas palavras. Os decifradores granjeavam prêmios preciosos e reputação divina. Édipo, Salomão, Merlino e outros eram considerados possuidores da ciência divinatória das respostas e das questões difíceis.

Antigamente, a decifração de enigmas era prova de inteligência. Com o passar do tempo, a prática perdeu o sentido filosófico. Atualmente tais enigmas são encontrados na voz anônima do povo e, principalmente, na boca das crianças.

Quando perguntamos quem sabe adivinhas e charadas e as tem guardadas na memória, encontramos sempre alguém que tem algumas lá no “fundo do baú”, adormecidas.

O folclore brasileiro é rico em adivinhas, charadas, e, nas cidades do interior, elas são usadas como um interessante passatempo por homens, mulheres e crianças.

[...]

As adivinhas e charadas divertem e provocam curiosidade, valorizam a leitura como fonte de prazer e entretenimento, criando um clima de suspense que os alunos gostam de decifrar e possibilitam o desenvolvimento da expressão oral. [...]

As atividades de adivinhações possibilitam a aprendizagem da língua escrita de forma lúdica e prazerosa, por serem textos curtos e de fácil memorização, ajudando os alunos a pensar e a se concentrar na forma convencional da escrita das palavras.

BAHIA. Secretaria da Educação e Cultura de Salvador, 2007. Cadernos de apoio à prática pedagógica: adivinhas, charadas, parlendas, provérbios e trava-línguas. Disponível em: http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-cenap/publicacoes/caderno%20de%20apoio%20a%20pratica%20pedagogica%20advinhas%20charadas%20parlendas%20proverbios%20e%20trava-linguas.pdf. Acesso em: jun. 2013.

i) Povos indígenas

Converse com os alunos sobre os diferentes aspectos do modo de vida das comunidades indígenas. Comente que há mais de um povo nativo e, se possível, exemplifique com figuras ou fotografias de indígenas brasileiros.

Essa é uma boa oportunidade para trabalhar indiretamente a questão do preconceito. Ao falar dos povos indígenas, exponha a questão da diversidade cultural, incentivando-os a respeitar e valorizar outras culturas, crenças e padrões diferentes dos nossos.

Para incrementar o diálogo, você pode extrair do texto a seguir as informações que julgar pertinentes. O principal é incentivar o diálogo e oferecer espaço para os alunos se manifestarem.

Índio já foi um dia o dono dessa terra

Os índios chegaram nesta terra onde hoje é o Brasil há muito tempo. Alguns estudos afirmam que eles já habitavam a América do Sul havia cerca de 11 mil anos. Já os europeus chegaram ao Brasil faz apenas 500 anos. Conta a História que, no nosso país, os europeus encontraram esses habitantes que aqui moravam e os chamaram de índios. É provável que tenham dado esse nome aos habitantes daqui porque, ao chegarem ao Brasil, acreditavam ter chegado à Índia. Tempos depois, descobriram se tratar de uma nova terra, na América. Mas o nome já tinha pegado!

Os portugueses, bem como os outros povos europeus, tinham uma cultura completamente diferente da indígena. Por isso, estranharam muito o modo de vida dos nativos. Os índios andavam nus, comiam comidas naturais, viviam soltos em total liberdade e tinham um tom de pele pardo e cabelos bem lisos e escorridos. Uma corrente de historiadores hoje acredita que os europeus cometeram graves erros: não souberam lidar com as diferenças nem respeitar a cultura dos nativos, começaram a impor aos índios a cultura europeia e a religião cristã, obrigando-os a agir, pensar e vestir-se como europeus. [...]

Estudiosos acreditam que, na época do descobrimento do País, o número de índios que vivia por aqui era de cerca de 5 milhões — divididos em milhares de aldeias. Só que foram morrendo tantos, tantos, tantos... que hoje sobram apenas 345 mil índios, distribuídos em 215 comunidades, além dos cerca de 150 mil índios vivendo nas cidades. [...]

Cultura

Os indígenas têm um modo de vida diferente do nosso. Eles são muito mais ligados à terra. Não trabalham com o objetivo de juntar dinheiro, bens, nem nada desse tipo. Trabalham em suas lavouras para garantir o sustento da aldeia; fora isso, alimentam-se dos frutos das árvores e dos animais que caçam.

Nas aldeias normalmente existem duas pessoas muito importantes na organização: o pajé e o cacique. O cacique é o chefe da tribo, e o pajé é o sábio, o qual conhece a cura para as doenças e se comunica com os deuses.

Os índios acreditam em forças maiores: na natureza, em deuses e nos espíritos de seus ancestrais. Cada sociedade indígena cria as próprias explicações a respeito do mundo, dos fenômenos naturais, dos espíritos e dos seres sobrenaturais.

As crianças

Assim como em qualquer sociedade, os índios também constroem brinquedos para seus filhos. Os mais comuns são feitos de palha, madeira ou barro. Os adultos fabricam para as crianças dobraduras de palha, representando os animais da floresta. Em geral, os brinquedos são miniaturas de objetos usados na sociedade e, além de fazerem as crianças se divertir, esses objetos as educam para as tarefas que terão de realizar quando se tornarem adultas. Na maioria das aldeias não existe videogame nem outros joguinhos eletrônicos, mas as crianças devem se divertir um bocado brincando com seus brinquedos de palha, subindo nas árvores e brincando com os animais, não é mesmo? [...]

Desde novinhas, as crianças vão aprendendo as atividades que terão de desenvolver quando forem adultas. As meninas aprendem a: plantar, colher, carregar lenha, preparar alimentos e bebidas fermentadas, fiar algodão, confeccionar redes e cerâmica. Já os meninos aprendem a: preparar o terreno para o plantio, caçar, confeccionar arco e flecha, fazer cestas e enfeites de plumas e construir casas. [...]

Educação

Além de aprender isso tudo, os indiozinhos ainda têm de ir à escola. De todos os índios do Brasil, cerca de 150 mil estão em idade escolar e estudam em escolas de Ensino Médio e Fundamental em suas aldeias ou em municípios próximos. Há também mais de mil jovens indígenas que frequentam diversas universidades e faculdades brasileiras. [...]

Hábitos indígenas

Você sabia que vários dos nossos hábitos são herdados da cultura indígena? Um dos costumes mais importantes é o de tomar banho todos os dias. Em outras culturas, como na dos países europeus, é comum as pessoas passarem dias sem tomar banho. Que bom que os índios nos ensinaram isso, né? Assim somos um povo bem cheirosinho!

Também aprendemos com eles o uso de chás e plantas medicinais para curar doenças. E como os índios têm muito conhecimento de ervas e plantas, muitos dos remédios que compramos hoje nas farmácias tiveram suas fórmulas baseadas em chás indígenas. É influência deles também a utilização de redes para dormir, as várias danças, principalmente as da região Norte do Brasil. E ainda várias canções e lendas do folclore brasileiro.

Disponível em: www.plenarinho.gov.br/brasil/Reportagens_publicadas/todo-dia-era-dia-de-indio.
Acesso em: jun. 2013.
Legenda das fotos: Grupo indígena kalapalo, aldeia Aiha. Parque Indígena do Xingu-MT, 2011.

j) Amigo-secreto

Esse exercício favorece a sociabilidade e a capacidade de realizar descrições, além de ser uma forma de estimular a confraternização.

Em uma folha avulsa, escreva, com letra bastão, o nome de cada um dos alunos presentes.

Corte os papéis, um a um, em tamanhos iguais. Em seguida, dobre-os e coloque-os dentro de uma caixa com decoração natalina.

Cada criança sorteará um papel. Leia o nome retirado, certificando-se de que ela não sorteou a si mesma, e fale-o bem baixinho próximo à criança.

Peça a ela que, sem dizer o nome, descreva o amigo sorteado para a turma falando do que mais gosta nele e a melhor coisa que aprendeu com esse amigo durante o ano. A turma deverá adivinhar quem é o amigo.

Faça o mesmo com todos os alunos.

Ilustrações: Edson Farias; Mario Pita; Dotta; Léo Burgos; Alamy/Other Images; Manda Nicholls/Shutterstock; GlobalP/iStockphotos; Eric Isselée/Shutterstock; Anankkml/Dreamstime.com; Tommyschultz/Dreamstime.com; Maitree Laipitaksin/Shutterstock; Fabio Colombini; Sonia Horn.