Sabemos da dificuldade de a comunidade escolar entender e perceber que a inclusão, mais do que um dever legal, é um direito humano da criança e de sua família. Não pregamos uma inclusão por força de lei, mas uma inclusão afetiva e efetiva. Precisamos pensar que a condição de pessoa com necessidade educativa especial pode, a qualquer momento, bater à nossa porta, sem aviso e de forma indeclinável.
Portanto, o processo de inclusão educacional deve ser antes de tudo um movimento de ensino-aprendizagem como é para qualquer outra criança que não tenha NEE. Sabemos também que, muitas vezes, ao incluir o aluno, você é excluído, pois se vê diante de uma situação especial para a qual, às vezes, não tem preparo ou apoio. O desconforto para realizar o trabalho com crianças com NEE, portanto, vem mais por desconhecimento do proceder pedagógico do que por discriminação. Por esse motivo, pensamos em um material que contemple esse aluno e você, colega professor.
A aprendizagem de todas as crianças envolve questões de comportamento, afeto e motivação. Não é possível promover a ativação das estruturas cognitivas sem a motivação afetiva: a vontade de aprender é condição para a aprendizagem. A criança desmotivada não busca o conhecimento nem se movimenta na direção dele. O envolvimento afetivo acolhe e apoia a motivação, a superação do erro e a valorização do esforço, do caminho percorrido, sem objetivar apenas resultados.
Precisamos desenvolver nossa resistência pessoal, de nossos alunos e, muitas vezes, da família deles.
É importante que acreditemos que eles podem aprender e que precisamos, sim, adaptar alguns materiais para eles (ampliação de letras, material em relevo, material concreto). Precisamos garantir que todas as crianças entendam perfeitamente o que falamos, respeitar e aceitar que há uma diferenciação no tempo de aprendizagem (para todos há). Todos são capazes de aprender, porém de formas diferentes e em tempos diversos.
A homogeneidade não existe! O que existe ou deveria existir são formas diferentes de ensinar e de aprender. Se a criança não aprendeu de uma maneira, tentemos de outra.
Aí vão algumas dicas: